
Tapuru, guiado mais pelo tesão enrustido do que pela lógica, parou o carro, mandou a jovem adentrar aquele seu famoso Uno Mille verde de duas portas e não se preocupou com mais nada. O detalhe é que a jovem, apesar de sua profissão, era o que poderíamos dizer, bastante fora de forma, pesando inclusive o dobro do peso do "musculoso" Tapuru.
Foram pro motel e fizeram aquela festa lá dentro, que eu poderia até descrever, mas sou impedido por uma ânsia de vomito imensamente forte, cada vez que tento imaginar o teor dessa passagem e assim como, da cena desse esqueleto se mexendo em cima da filhote de elefante.
Inclusive dizem que foi nessa noite que ocorreu aquela célebre história. Dizem que Tapuru mandou a jovem obesa ficar com as luzes apagadas, tirar a roupa e ficar deitada na cama, esperando por ele. Nisso ele foi ao banheiro, tirou a roupa e pulou em cima dela, com os braços abertos.
A menina ficou desesperada e chamando por Tapuru, disse:
- “Moço, moço, me ajude aqui que acabou de cair um crucifixo em cima de mim”.
Mas enfim, Tapuru pagou a conta do motel com cartão de credito e quando foi efetuar o pagamento pelos serviços prestados pela jovem, percebeu que não tinha um centavo sequer pra contar historia. Depois de uma breve discussão, foram até uma maquina 24 horas que tinha no Natal Shoping Center. Chegando lá, novamente frustração. Segundo Tapuru, a maquina estava fora do ar. Outro principio de tumulto, mas concordaram em ir até a maquina da AABB.
Tapuru desce e ela fica observando a cara do sujeito, que volta dizendo que a maquina também estava fora do ar. O pau cantou, mas eles chegaram a um acordo. A jovem morava na Vila de Ponta Negra e se, caso Tapuru levasse a mesma até a porta de casa, a dívida estaria perdoada.
O magro velho topou na hora, afinal a gasolina saia do bolso do velho Rui mesmo. Chegando na casa dela, a jovem desceu e Tapuru foi fazer a manobra pra poder voltar. O homem tava com um medo gigantesco de estar ali naquela região, naquela hora e sozinho. Quando percebeu, a menina começou a gritar por ele. Tapura não quis conversar, meteu os pés no carro, olhando pelo retrovisor. Foi aí que viu a menina no meio da rua e mesmo todo cagado de medo, resolveu voltar.
Deu marcha a ré e parando ao lado da gordinha, pergunta, com a liberdade de quem conhece-a muito intimamente: “O que foi, porra? Ta doida, gritando ai no meio da rua?“
Eis que a jovem mostra a carteira de Tapuru e diz: “Pega tua carteira aí magro velho, já vi que tu tá liso mesmo. Da próxima vez se liga que senão eu não devolvo nem os documentos”.
Tapuru saiu com um misto de sentimentos dentro daquela cabecinha amargurada. Como podia uma puta daquelas ser tão honesta? Como podia ela ter topado em fazer o programa de graça? Sim, ainda tinha gente boa nesse mundo.
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