Os foliões Denis Zambon, Barreto
Neto e Alex Padang foram curtir o FestVerão na nossa tão famigerada Moscou City.
Após o término da folia, foram lanchar no Skate Lanches. Entre uma dentada e
outra, passa um sujeito em uma camionete e bate no carro de Padang. Sem parar
para resolver a bronca, decide fugir do local da colisão. Os três foliões,
embuídos de uma vontade de fazer justiça, partem na perseguição do elemento.
O mesmo vendo que estava sendo
perseguido, ruma pra sua residência, em uma fuga frenética. Chegou primeiro do
que os três mosqueteiros, lógico, deixou o carro lá fora e correu pra dentro,
pegou o seu revolver e já sai atirando. Denis e Barreto tinham descido pra tocar
na campainha e tirar satisfações com o cara. Barreto, malandrão de Ponta Negra e
Denis oficial da Reserva do NPOR foram falar com o cara. E Padang que não era
nada disso, ficou esperando no carro. Ele atirou no carro algumas vezes e Padang
foi embora pra não morrer, deixando os dois lá.
Quando ele olha pro lado, está Denis
e Barreto na calçada, ao lado do portão. E ele pergunta: “E vocês?”, e começa a atirar nos dois,
arrodeando o carro dele. Entao Denis parou de correr, já não aguentava mais e
ele disse:
- “Eu vou matar vocês, vocês estavam me
perseguindo!”.
Denis argumentou que não, não
estavam perseguindo, estavam apenas querendo conversar com ele, pois ele havia
batido no carro deles e tinha saído sem resolver. O cara estava tão louco, que
nem lembrava que tinha batido em carro algum. O revólver dele tinha mira à laser
e quando ele mirava em Barreto, o mesmo em vez de sair da mira, pular ou se
esconder, ficava batendo no proprio corpo, tentando espantar a luzinha, como se
ela fosse um inseto.
Denis não sabia se ria ou se corria.
Nesse momento, a mãe do rapaz apareceu e pediu que ele parasse com aquilo, que
iria acabar a vida dele e ele atirou novamente, na direção da mãe. Quando se
voltou pra Denis, deu outro tiro, mas tinham acabado as balas. Então sem
munição, o indivíduo corre pra dentro de casa e solta um Rottweiler em cima dos
dois.
O medo salva. Barreto Neto, devido ao susto que havia
levado, enxergando a morte bem de perto, não se aguentou e obrou nas próprias
calças. O cachorro não gostou do mal cheiro e saiu de perto de Barreto, e passou
a atacar Denis, que se protegia como podia, dos ataques do animal. Padang então
nesse momento retorna pra buscar os caras, sem saber se estavam vivos ou não, e
os mesmos pulam dentro do carro de Padang.
O sujeito não satisfeito, parte na
perseguição deles. Parecia aqueles desenhos animados, onde se vê um carro
perseguindo outro e por uma razão qualquer, o perseguido passa a ser o
perseguidor. Nesse caso a razão era bala. Entao eles vao pra um posto da Policia
Rodivária Federal, pra tentar escapar. Uma vez lá dentro, o policial não
conseguia identificar de onde vinha aquele fedor.
Os três dando o depoimento e o
policial incomodado com a catinga. Não conseguia escrever uma linha, e parava
novamente. Mandou todo mundo olhar os sapatos, pra ver se não tinham pisado em
merda, cheirava o sovaco, soprava na mao pra ver se tava com bafo. Foi quando
identificaram umas moscas perto da bunda de Barreto e o mesmo teve que se
entregar.
Barreto quando tá nervoso, ele fala
a mesma coisa umas seis ou sete vezes seguidas. A cigarreira, a cigarreira, a
cigarreira, a cigarreira, a cigarreira…
Ele disse, com essa gaguejada típica
dele, branco e suando:
- Doutor, fique com raiva não, doutor, se fosse o senhor
também teria se cagado, era mira a laser, doutor, ele botava ela nos meus
peitos, doutor, pense numa resenha, pense num medo, pense numa mira, doutor,
vermelhinha nos meus peitos, doutor…
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