
Sem sombra de dúvidas, o cara mais sem noção quando se trata de brincadeiras se chama Alberto Campos, o nosso Jacaré. Ele não se contenta em fazer uma brincadeira que permaneça no nosso circulo de amizade. Ele quer que ela chegue à nível municipal, estadual e quiçá, federal, como foi no caso da Pegadinha do Mução, que armou pra mim.
Seguindo essa linha de raciocínio, um dos seus alvos prediletos foi o ilustre Marcio Robério, também conhecido como Marcio Coveiro e Marcio Careca, dependendo de quem seja o interlocutor.
Como era sabido por todos, Marcio era apaixonado por uma menina de nome Andréia, cujo sobrenome irei ocultar por motivos óbvios, deixando somente os mais íntimos por dentro.
O curioso foi que na época do plano de Alberto, Marcio já devia ter acabado o relacionamento com a menina ha uns quatro anos, pelo menos. O safado mandou confeccionar uma faixa enorme, que dizia: “Andréia Fulano, nunca deixe de te amar, do seu eterno Marcio Robério”.
Outro detalhe que aumentou bastante a adrenalina da brincadeira era que a menina estava com casamento marcado. Alberto arranjou para que a faixa fosse colocada na praça Pedro Velho, aquela do Palácio dos Esportes, de maneira que quem fosse pra dar uma volta na Praia do Meio[1] pudesse ver o conteúdo da faixa.
Fez isso e calmamente procurou saber onde estávamos bebendo, pois dia de sábado após o meio dia não tinha ninguém mais com intenção de permanecer sóbrio na cidade. Descobriu que estávamos na picanha do Quebra-osso, que na época era situada na Xavier da Silveira com a rua da Saudade, em Morro Branco.
Chegando lá, Alberto espera uma ida de Marcio ao banheiro sopra no meu ouvido disfarçadamente a historia, pros outros componentes da mesa não ficarem sabendo. Ele diz que vai ligar pro meu celular e que eu deveria simular que era alguém me ligando, contando que viu tal faixa.
Dito e feito. O meu telefone toca e eu finjo estar falando com alguém. E começo o teatro, falando em voz um pouco mais alta.
Seguindo essa linha de raciocínio, um dos seus alvos prediletos foi o ilustre Marcio Robério, também conhecido como Marcio Coveiro e Marcio Careca, dependendo de quem seja o interlocutor.
Como era sabido por todos, Marcio era apaixonado por uma menina de nome Andréia, cujo sobrenome irei ocultar por motivos óbvios, deixando somente os mais íntimos por dentro.
O curioso foi que na época do plano de Alberto, Marcio já devia ter acabado o relacionamento com a menina ha uns quatro anos, pelo menos. O safado mandou confeccionar uma faixa enorme, que dizia: “Andréia Fulano, nunca deixe de te amar, do seu eterno Marcio Robério”.
Outro detalhe que aumentou bastante a adrenalina da brincadeira era que a menina estava com casamento marcado. Alberto arranjou para que a faixa fosse colocada na praça Pedro Velho, aquela do Palácio dos Esportes, de maneira que quem fosse pra dar uma volta na Praia do Meio[1] pudesse ver o conteúdo da faixa.
Fez isso e calmamente procurou saber onde estávamos bebendo, pois dia de sábado após o meio dia não tinha ninguém mais com intenção de permanecer sóbrio na cidade. Descobriu que estávamos na picanha do Quebra-osso, que na época era situada na Xavier da Silveira com a rua da Saudade, em Morro Branco.
Chegando lá, Alberto espera uma ida de Marcio ao banheiro sopra no meu ouvido disfarçadamente a historia, pros outros componentes da mesa não ficarem sabendo. Ele diz que vai ligar pro meu celular e que eu deveria simular que era alguém me ligando, contando que viu tal faixa.
Dito e feito. O meu telefone toca e eu finjo estar falando com alguém. E começo o teatro, falando em voz um pouco mais alta.
- O que? Marcio Careca fez isso? Ele disse que não tava nem ai pra essa menina mais. Meu irmão, estou besta aqui.
Márcio começa a fazer aquele gesto conhecido dele, de enxugar a cara com a mão aberta, começando na testa e chegando até o pescoço, e pergunta:
- Eu fiz o que, Cachorra? Quem ta falando ai? Que merda é essa?
Fiz sinal pra ele se acalmar e disse que estava pegando mais detalhes. Quando desliguei, o homem já estava colocando o coração pela boca. E contei-lhe, o que supostamente havia acabado de saber.
Falei que ele era um palhaço, que vivia alegando que não gostava mais dessa Andréia, mas no entanto, havia mandado fazer uma faixa pra ela. O bicho ficou branco.
Falei que ele era um palhaço, que vivia alegando que não gostava mais dessa Andréia, mas no entanto, havia mandado fazer uma faixa pra ela. O bicho ficou branco.
- Que faixa é essa? Que porra de faixa é essa? Meu irmão, isso é presepada sua, Betão? Ele cantou logo a pedra, perguntando a Alberto.
Alberto negava, mas negava rindo feito uma puta ruim. E ainda sentenciou pra Márcio:
- Rapaz, se eu fosse você, eu me preparava, pois o noivo dela vai te dar um pau. Natal é um ovo e uma hora dessas, ele já deve estar sabendo com certeza.
Marcio Careca se levantou apressado e disse:
- Eu não quero nem saber quem colocou essa merda, eu vou é lá arrancar essa merda antes que ela me ligue, me esculhambando. Mas quem colocou essa porra não fui eu, eu juro.
Saiu em disparada pra Petrópolis. Nesse momento, Alberto faz seus contatos e pede pra arrancarem a faixa, antes que Marcio chegue ao local.
Depois de uma hora, o Careca volta ao Quebra-osso. E aí que reside o mistério dessa historia. Alberto alega que retirou a faixa antes do Careca chegar lá e deu um fim a mesma. Marcio alega que quando chegou ao local, retirou a faixa e tocou fogo. Como ninguém nunca viu a faixa, fica a palavra de um mentiroso contra o outro.
Se nunca existiu a tal faixa, o golpe foi mais perfeito ainda, pois causou o mesmo efeito na vitima sem o arquiteto do plano gastar nem um tostão. Esse era o grande Jacaré, antes de se tornar cubano e gastar seu tempo aprontando em outras paragens.
- Eu não quero nem saber quem colocou essa merda, eu vou é lá arrancar essa merda antes que ela me ligue, me esculhambando. Mas quem colocou essa porra não fui eu, eu juro.
Saiu em disparada pra Petrópolis. Nesse momento, Alberto faz seus contatos e pede pra arrancarem a faixa, antes que Marcio chegue ao local.
Depois de uma hora, o Careca volta ao Quebra-osso. E aí que reside o mistério dessa historia. Alberto alega que retirou a faixa antes do Careca chegar lá e deu um fim a mesma. Marcio alega que quando chegou ao local, retirou a faixa e tocou fogo. Como ninguém nunca viu a faixa, fica a palavra de um mentiroso contra o outro.
Se nunca existiu a tal faixa, o golpe foi mais perfeito ainda, pois causou o mesmo efeito na vitima sem o arquiteto do plano gastar nem um tostão. Esse era o grande Jacaré, antes de se tornar cubano e gastar seu tempo aprontando em outras paragens.
[1] Nessa época, era programa comum dos jovens dar um passeio pela orla na parte da tarde.
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