
Eu e meu amigo Carlos Piteno, o índio malhado, chegamos um dia na casa do nosso amigo Alexandre Santiago, mais conhecido no submundo do crime como Tapuru, para pegá-lo pra tomarmos uma naquele sábado à tarde. Como de hábito, nem descemos do carro pra tocar a campainha, mas sim apenas gritamos de dentro do carro mesmo:
- “Tapuru, vamos embora, porra!!!”
Nas calçadas, os vizinhos eram muitos, conversando entre eles, aproveitando o dia bonito que fazia. Eram senhoras, senhores, crianças, meninas e mais alguns animais. Qual nao foi a nossa surpresa quando um voz lá de dentro berrou:
- “Tapuru tá cagando!!!”
Não nos agüentamos ao ouvirmos tal inusitada resposta. As senhoras começaram a fazer cara feia e ficou aquele ti-ti-ti dos vizinhos. Piteno, como é filho da puta, e mesmo diante da crise de riso que estávamos tendo, disse que ia chamar Tapuru de novo, só de sacanagem pra ver o que daria. Foi ai que a voz veio mais forte dessa vez lá de dentro:
- “Tapuru tá cagandooooooooooooooooo!!!”
As senhoras em polvorosa começaram a se agitar mais ainda. Começavam a falar da má educação dos moradores daquela rua, diziam que esses novos tempos ninguém tinha valores e etc. Mais uma vez, Piteno grita:
- “Tapuru, meu amigo, vamos logo!!!”
Inconformada, a voz responde:
- “TAPURU TÁ CAGANDO, PORRRRAAAAAAAAAA!!!”
- “Tapuru, rapaz, você nao esta escutando a gente chamar nao, é?”, Piteno provocou.
Xingu, o dono da voz reveladora, perde a paciência e vai até o portão deixar claro o que Tapuru está fazendo. E berra bem próximo ao portão:
- “TAPURU ESTÁ CAGANDO, CARALHO, NAO SABE O QUE É CAGAR NAO? O BICHO TÁ CAGANDO, CAGANDO, CAGANDO...”
E sobe o muro gritando e dizendo o que o rapaz estava fazendo, mas aos poucos foi baixando o tom da voz, até ficar mudo e observando as dezenas de cabeças que observavam incrédulas a sua descrição do porque que o irmão estava demorando.
Abaixou a cabeça lentamente e se retirou do muro, mas nao sem antes perceber que tinham dois indivíduos tendo ataques de riso dentro do carro do Hal Pitena e mesmo com toda a sua cara de pau que é conhecido, passou o dia inteiro sem colocar os pés na calcada. Os gestos de reprovação dos vizinhos fizeram com que o velho xinga se envergonhasse pela primeira vez na vida.
- “Tapuru, vamos embora, porra!!!”
Nas calçadas, os vizinhos eram muitos, conversando entre eles, aproveitando o dia bonito que fazia. Eram senhoras, senhores, crianças, meninas e mais alguns animais. Qual nao foi a nossa surpresa quando um voz lá de dentro berrou:
- “Tapuru tá cagando!!!”
Não nos agüentamos ao ouvirmos tal inusitada resposta. As senhoras começaram a fazer cara feia e ficou aquele ti-ti-ti dos vizinhos. Piteno, como é filho da puta, e mesmo diante da crise de riso que estávamos tendo, disse que ia chamar Tapuru de novo, só de sacanagem pra ver o que daria. Foi ai que a voz veio mais forte dessa vez lá de dentro:
- “Tapuru tá cagandooooooooooooooooo!!!”
As senhoras em polvorosa começaram a se agitar mais ainda. Começavam a falar da má educação dos moradores daquela rua, diziam que esses novos tempos ninguém tinha valores e etc. Mais uma vez, Piteno grita:
- “Tapuru, meu amigo, vamos logo!!!”
Inconformada, a voz responde:
- “TAPURU TÁ CAGANDO, PORRRRAAAAAAAAAA!!!”
- “Tapuru, rapaz, você nao esta escutando a gente chamar nao, é?”, Piteno provocou.
Xingu, o dono da voz reveladora, perde a paciência e vai até o portão deixar claro o que Tapuru está fazendo. E berra bem próximo ao portão:
- “TAPURU ESTÁ CAGANDO, CARALHO, NAO SABE O QUE É CAGAR NAO? O BICHO TÁ CAGANDO, CAGANDO, CAGANDO...”
E sobe o muro gritando e dizendo o que o rapaz estava fazendo, mas aos poucos foi baixando o tom da voz, até ficar mudo e observando as dezenas de cabeças que observavam incrédulas a sua descrição do porque que o irmão estava demorando.
Abaixou a cabeça lentamente e se retirou do muro, mas nao sem antes perceber que tinham dois indivíduos tendo ataques de riso dentro do carro do Hal Pitena e mesmo com toda a sua cara de pau que é conhecido, passou o dia inteiro sem colocar os pés na calcada. Os gestos de reprovação dos vizinhos fizeram com que o velho xinga se envergonhasse pela primeira vez na vida.
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