O grande Eduardo Barros (Dudu) foi um dos presidentes do Centro
Acadêmico de administração, no período que fiz faculdade. E a famosa
viagem do Enead à Fortaleza, foi organizada por ele.
Um
dos meus colegas de turma, o Bruno Lima, tinha planejado ir de carro à
capital do Ceará, coisa que os pais dele não estavam gostando muito.
Conversando, Dudu falou pra ele que o ônibus já estava pago e que se ele
prometesse silencio, ele poderia ir de graça. Ele fez isso mais por
consideração a mim do que ao próprio Bruno, pois nem conhecia o rapaz.
Cerveja
vai, cerveja bem, batuque, coisa e tal. Bruno tinha mania de desenhar e
quando cheguei perto dele, vi que havia desenhado um porquinho, bem
gordinho e que na mesma hora achei o desenho parecidíssimo com o Dudu.
Ele assinou o nome dele embaixo do desenho, como se fosse um artista.
Esse foi o seu grande erro.
Eu peguei o desenho e
guardei no bolso. Minutos depois, como quem não quer nada, pedi a caneta
de Bruno (a mesmo que ele havia desenhado), alegando que queria anotar
um numero de telefone. Rapidamente, peguei o desenho e escrevi em cima
do porquinho, com letras de fôrma: “DUDU”.
Devolvi a
caneta pra Bruno, que escutava seu disc-man calmamente e estava alheio à
tudo. Comecei a mostrar o desenho de um em um e ninguém se agüentava,
caía na gargalhada.
Quando o desenho chegou nas mãos de
Dudu, o mesmo ficou possesso. Ameaçou parar o ônibus e colocar Bruno
pra fora, em plena rodovia. Eu conversava com ele, acalmando-o, dizendo
se tratar de uma brincadeira. Ele não queria acordo. Mas apos certo
tempo de conversa, ele resolveu esfriar a cabeça.
Chegando
em Fortaleza, ainda mantinha a hostilidade com o rapaz, que de nada
entendia e me questionou o porque desse tratamento rude que estava
recebendo. Eu disse que Dudu era meio doido mesmo, mas que no fundo era
gente boa.
Até o dia de hoje, Dudu ainda pensa que
Bruno desenhou o porquinho em sua homenagem. Espero que ele peça
desculpas ao moço, apos mais de dez anos passados. Ou então irei pedir
ao mesmo que faça outro porquinho, agora pra gente colocar numa moldura e
pendurar nos corredores do setor I da velha UFRN.
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