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Monday, February 25, 2013

Piteno e o Brizolão

Em um desses carnavais da vida que passamos na praia de Pirangi, na casa de Alberto Campos, vulgo Jacarezinho Egoísta, observamos que o grande Carlos Piteno, ao trocar de roupa, havia vestido uma “cueca de copinho”, de uma cor vermelha bem comunista, que chamávamos de Brizolão, por causa da cor das bandeiras de propaganda do político Leonel Brizola.

Observamos e ficamos calados, armando uma presepada pro Índio (outro apelido de piteno, por ser o irmão mais novo do Cacique), a ser aplicada durante a noite, no Circo da Folia.

O plano foi fantástico. Previamente, acertamos com um fotografo, desses que batem fotos de pessoas em festas pra vender depois, para que ele ficasse preparado pra bater uma seqüência de fotos de um rapaz. Ele se escondeu estrategicamente e ficou esperando a execução do plano.

Enquanto um individuo distraia o Pita, eu abaixei o seu calção folgado até os tornozelos, o que não foi muito difícil, devido à estrutura esguia (diria quase um faquir) do sujeito.

Ao mesmo tempo em que abaixei o calção, coloquei o meu pé no meio das pernas dele e pisei no calção, impossibilitando que Piteno subisse o mesmo novamente, uma vez que suas mãos nunca seriam mais fortes do que meus pés, e alem de que, ele se encontrava em posição bastante incomoda, só de cuecas, com a bunda pra cima e as mãos nos pés.

Pra completar ainda mais o quadro do terror, chegou um terceiro individuo e deu um leve empurrão no Índio, que sem equilíbrio algum, pois estava igual a um animal, amarrado pelas mãos e pés, cai lindamente no chão de paralelepípedo do Circo da Folia de Pirangi, ainda agarrado ao calção.

E o fotografo metendo o dedo no botão, mas sem conseguir direito bater as fotos, de tanto que ria, o nojento. Como todos sabiam da reação enfurecida do rapaz, seguramos o calção dele e as mãos por um tempo, depois desaparecemos tal qual fumaça, pra esperar o rapaz se acalmar.

Você imagine quantas pessoas, conhecidas e desconhecidas, não estavam tendo uma sincope de tanto rir dessa cena grotesca. O individuo Piteno calmamente se levanta, sobe o calção, coloca a camisa pra dentro deste e sai de cena. Como estávamos escondidos, ficamos observando a trajetória dele.

O fresco foi diretamente falar com o fotografo. Como poderia ele, debaixo de tanta pressão, ainda ter enxergado o fotografo na cena do crime? Escondido, eu fazia sinal pro fotografo que a gente pagava o que fosse preciso, que não aceitasse a proposta de Piteno.

Falei com ele depois, e o mesmo me garantiu que no final de semana seguinte, as fotos estaria na minha casa. Não sei o que o fresco do Piteno propôs ou disse, que o fotografo nunca apareceu com as fotos e quando eu o reencontrei, ele disse que havia vendido pra Piteno, pois havia ficado com pena.

Mais um plano infalível que foi prejudicado pela ganância humana.

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